sexta-feira, 25 de julho de 2014

Cruz Vermelha desviou doação de campanhas humanitárias, diz auditoria


#COMENTÁRIO

Não é possível se ver o fundo do posso. Quando achamos um descalabro aquilo que estamos ouvindo do Brasil, eis que surge uma nova explosão.
Agora vamos pagar o mico internacionalmente sobre desvios de verbas doadas da Cruz Vermelha.
Me pego pensando que, independente do ato que denigre nossa integridade como nação, será que a máquina que se esconde por trás dessas denúncias à mídia, dando ênfase especial à notícia, tem finalidade eleitoreira e não vê que estamos fazendo mais mal ao País já tão abatido?
Coisas desse tipo deveriam ser tratadas nos meios policiais e em sigilo absoluto. Não há interesse algum que sejam levadas a público. Tal atitude só abala a imagem do Brasil aqui em nosso meio e principalmente no exterior. Se, estamos querendo passar uma imagem de sérios, de direitos, de corretos que somos nós, não é expondo nossas podridões que conseguiremos fazer isso!

#Disse

Carlos Leonardo






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REYNALDO TUROLLO JR. - 25/07/2014  

A Cruz Vermelha Brasileira desviou dinheiro arrecadado em campanhas humanitárias, afirma auditoria encomendada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, órgão com sede em Genebra (Suíça).
Segundo a investigação, foram desviadas doações feitas para socorrer vítimas de conflitos na Somália, do tsunami no Japão e das enchentes na região serrana do Rio. Os valores –R$ 212 mil nas duas primeiras campanhas e R$ 1,6 milhão, na última– foram repassados a uma ONG que pertence à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha à época em que as transferências foram feitas, Anderson Marcelo Choucino. Outra parcela das doações, R$ 523 mil, foi parar em fundos de aplicação e, depois, teve destino desconhecido. A auditoria na Cruz Vermelha Brasileira foi feita pela empresa Moore Stephens, consultoria independente com sede em Londres.
No Brasil, a instituição divide-se em Cruz Vermelha nacional (órgão central) e dezenas de filiais estaduais e municipais.
Pelo estatuto, cada filial tem autonomia gerencial em relação ao órgão central, e este em relação à federação internacional. Todas as unidades, porém, fazem parte do mesmo guarda-chuva, por compartilharem uma marca internacional. O Instituto Humanus fica em São Luís (MA) e está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente do órgão central. Segundo a auditoria, o Humanus recebeu R$ 15,8 milhões da Cruz Vermelha de 2010 a 2012, sem comprovação de que tenha prestado os serviços correspondentes.
Por falta de documentos nas filiais analisadas – dez, em todo o país–, a auditoria não especificou a origem de todo o montante transferido para o Instituto Humanus. A maior parte das verbas administradas pelas várias filiais no país advém de contratos com o poder público para gerenciar unidades de saúde.
Em 2012, a Folha revelou que R$ 100 mil recebidos pela filial no Rio Grande do Sul tinham sido transferidos para o Humanus. O dinheiro deveria ter sido empregado em um hospital em Balneário Camboriú (SC). Após a reportagem, foi iniciada a auditoria, concluída em abril. As transações bancárias de recursos provenientes das doações humanitárias eram feitas com a assinatura eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no Maranhão.
Carmen é irmã de Walmir Serra Jr., presidente da Cruz Vermelha nacional durante o período auditado.
Em sua defesa, no âmbito da auditoria, Carmen afirmou que a filial maranhense emprestou suas contas bancárias para a Cruz Vermelha nacional fazer campanhas humanitárias porque o órgão central tem dívidas trabalhistas.
Isso levaria a Justiça a confiscar o dinheiro das doações.
Carmen disse ainda que "desconhecidos" usaram sua senha bancária, porque a filial maranhense nunca contratou o Instituto Humanus. Em 2012, porém, os sites do Humanus e da Cruz Vermelha - MA tinham o mesmo número de telefone para contato. 

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