sábado, 26 de julho de 2014

Pnud usou dados desatualizados para cálculo do IDH brasileiro, diz governo


#COMENTÁRIO

Nova cara do Brasil dos últimos tempos: contestação, reclamações e protestos. Há ainda um agravante para tudo isso – repassarmos responsabilidades para terceiros. Vou me detalhar...
Considerando as informações na reportagem abaixo, podemos dizer que o governo brasileiro contestou os dados do IDH divulgados pelo PNUD isso se passaria por ato corriqueiro do governo brasileiro se não estivéssemos reclamando do fato de estarmos em 79º lugar no ranking em vez de estarmos em 67º. Ora, ora, meu velho e findo pai já dizia: - “O segundo qualificado é apenas o melhor dos piores...” e nós estamos brigando pela 67ª posição?????
Não deveríamos estar preocupados em melhorar a cada dia mais e mais esse tal Índice de Desenvolvimento Humano aqui no Brasil em vez de ficarmos transferindo responsabilidades por nossa 79ª colocação no mundo, acusando as Nações Unidas de erro nas bases de cálculo? Não seria de estranhar se essas informações em que basearam o Pnad (2009 e 2010) não fossem de responsabilidade brasileira. E isso é bem possível, levando em consideração a maneira como se realizam pesquisas por aqui...


#Disse

Carlos Leonardo






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Para compor o índice, foram usadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 e 2010

O governo brasileiro contestou hoje (24) os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em que o país aparece como 79º no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013 e informou que os dados usados pelo órgão das Nações Unidas (ONU) são desatualizados. Para compor o índice, foram usadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 e 2010 e de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2012.

De acordo com um cálculo feito pelo governo, se fosse usadas as informações disponíveis atualizadas - Pnad de 2012 e 2013 e indicadores da OCDE de 2013 -, o Brasil ficaria em 67º lugar noranking de 187 países. Segundo relatório do Pnud, o Brasil ficou com IDH 0,744, o que classifica o país como de alto desenvolvimento humano por registrar nota acima de 0,7. O índice varia de 0 a 1, que é o grau máximo. Ainda assim, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, considera que o índice divulgado pelo Pnud não reflete os avanços dos últimos quatro anos. De acordo com ela, essa avaliação desatualizada tem ocorrido nos últimos três anos e fez com que o Brasil entrasse em contato com o órgão, na tentativa de evitar que isso se repita. “Continuaremos discutindo [com o Pnud] para que sejamos avaliados por dados que reflitam os resultados das políticas públicas no Brasil”, disse Tereza.
Segundo a ministra, o IDH de outros países foi calculado de acordo com dados estatísticos mais atualizados, o que deveria ter sido feito também com o Brasil.

Conforme o cálculo apresentado pelo governo, em dois dos três critérios usados pelo Pnud para medir o IDH há diferenças estatísticas. Em relação à esperança de vida ao nascer, o dado usado pelo órgão da ONU foi 73,4 anos. O mais atual seria 74,8 anos. Em relação à expectativa de anos de estudos e à média de anos de estudo da população adulta, foram considerados 15,2 anos e 7,2 anos, respectivamente. As informações atualizadas seriam 16,3 anos e 7,6 anos, respectivamente. Em relação à renda nacional bruta per capita, foram mantidos os US$ 14.275.
A ministra Tereza Campello avaliou ainda que o IDH mede a redução da desigualdade, mas não é capaz de captar detalhes do processo. “Sabe-se que a renda de todos cresceu, mas a renda que mais cresceu foi a dos mais pobres. Outro ponto é o combate à pobreza extrema, que não é medida só por meio de renda, mas por medidas multidimensionais”, explicou. Para o ministro da Educação, Henrique Paim, a condicionalidade de frequência escolar imposta pelo Bolsa Família e as políticas de ação afirmativa foram os principais responsáveis pelos avanços verificados na educação. “O que ocorreu foi uma grande evolução nesse processo. O posicionamento em relação ao Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e à América do Sul é avançado. O processo de inclusão é reconhecido nesse relatório e a combinação de políticas é o segredo para que possamos avançar”, disse Paim.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o ganho de 11,2 anos em relação à expectativa de vida do brasileiro entre 1980 e 2013 é extremamente favorável. Outros pontos considerados positivos por ele foram a redução da mortalidade infantil, a redução nos casos de mortes por doenças crônicas não transmissíveis e o declínio de mortes em acidentes de trânsito. “Foi um resultado positivo em relação à evolução do indicador. Essa expectativa de vida não é acaso, mas uma combinação de elementos extremamente importantes”, informou Chioro.

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