sábado, 30 de agosto de 2014

Missa para pedir chuva reúne 150 com baldes e garrafas d'água em Ribeirão



#COMENTÁRIO

Enquanto políticos debatem-se para identificar um culpado e também achar um salvador da pátria que vai solucionar o problema, a população começa a rezar. A situação da falta de água na região sudeste do Brasil está se transformando em calamidade, os lagos e pequenos ribeiros estão secando muito rapidamente, o inverno está quente e a previsão de chuvas não são muito animadoras.
Independentemente de ter sido deixado de se fazer algo em prol de sustentabilidade de águas para a população, ou de se ter tomado medidas emergenciais para recompor o sistema, a inexistência de chuvas é o grande culpado por toda essa carestia.
A população tem que se adaptar a essa nova situação, a possibilidade disto acontecer, já vinha sendo dito há muito tempo. Temos urgente que reaprender maneiras de utilização da água, com menos desperdício, com reaproveitamento de água utilizada, com a captação e armazenamento de águas pluviais. Ou pagaremos muito caro o preço por achar essas medidas, coisas corriqueiras.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

É possível conseguirmos mudar nossos hábitos irraigados?

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GABRIELA YAMADA - DE RIBEIRÃO PRETO - 29/08/2014  

Em meio a baldes e garrafas d'água, a primeira das três missas para pedir chuva em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) reuniu cerca de 150 fiéis na Catedral Metropolitana de São Sebastião.
Com foco na conscientização sobre o uso racional da água, o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa marcou o tríduo da chuva num momento de forte estiagem em Ribeirão.
A missa foi celebrada sob sol forte, sem nuvens no céu, com temperatura de 26,9ºC em Ribeirão Preto. Em agosto, a cidade teve apenas 0,3 milímetros de chuva, 99% a menos que a média histórica.
Na entrada da catedral, foram entregues aos fiéis a oração para pedir chuva, escrita pelo papa Paulo 6º (1897-1978).
A população foi orientada a levar garrafas d'água para serem colocadas embaixo de uma grande cruz de madeira, disposta no altar para a missa especial.
Baldes e um galão de água, além de um regador, também foram colocados perto da cruz.
Logo no início da missa, o padre pediu aos presentes que orassem também pelos moradores de outras cidades, que vivem momentos de crise em decorrência da seca, principalmente São Paulo.
Depois, durante o sermão, deu um "puxão de orelha" na população.
"Chegamos ao ponto de pedir para Deus oferecer a nós aquilo que é a Sua obra. Será que este problema não está na falta de ética e cuidado com a preservação [da água]?", questionou.
No final da missa, as garrafas d'água foram levadas pelos fiéis até a imagem de São Sebastião, do lado de fora da catedral. A água foi jogada no jardim e nos pés da imagem.
A aposentada Maria Terezinha do Nascimento, 66, que levou uma garrafa de sua casa, disse que quando era criança participava de missas semelhantes na zona rural de Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho (a 333 km de São Paulo).
"A gente jogava água na cruz e pedia, com muita fé. A procissão era dura, a gente caminhava debaixo daquele sol forte. Mas na volta para casa, sempre chovia", disse.

R$ 2,00
Aos desavisados sobre o tríduo, dentro da igreja foram vendidas garrafas d'água a R$ 2,00. No total, 60 foram comercializadas, segundo voluntários da igreja.
Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), só deve chover em Ribeirão Preto a partir de segunda-feira (1º). 

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