sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Tucanos dobram arrecadação na largada da campanha presidencial


#COMENTÁRIO

Este é realmente um país contraditório. Há dias atrás a indústria e comércio estavam lamuriando-se por haver impostos muito altos, energia elétrica cara, tributação altíssima sobre salários que oneram muito a Folha de Pagamentos dos funcionários, em suma, o custo de produção e venda é muito alto no Brasil.
E o pior disso tudo, eles têm razão sobre isso...

Agora vem outra vez essa notícia sobre a arrecadação de verbas pelos políticos. Uma enormidade! A projeção de levantamento e capital por eles é absurdamente grande, os números são descabidamente irreal aos padrões Brasil.

Então a pergunta que não se cala há muito tempo, mas que é sempre esquecida pelo povo brasileiro, de onde vem tanto dinheiro?
Como as empresas conseguem levantar toda essa dinheirama se estão elas com os caixas baixos? Não é isso que reclamam?

Poxa, o Ministério Público não teria que investigar a fonte desse derrame de verbas que ocorre nesta época pré-eleitoral? E depois somem...
A existência dessa disponibilidade de lastro não é fator de tributação do famigerado Leão?

Acho que não interesse que isso ocorra, não é?


#Disse

Carlos Leonardo





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DANIELA LIMA - MARINA DIAS - DE SÃO PAULO
ANDRÉIA SADI - NATUZA NERY - RANIER BRAGON - VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA
01/08/2014  

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), arrecadou em julho mais do que o dobro da quantia levantada no mesmo período pelo ex-governador paulista José Serra, o candidato dos tucanos nas eleições presidenciais de 2010. O ex-ministro José Gregori, coordenador do comitê financeiro de Aécio, disse que vai declarar nesta sexta (1º) à Justiça Eleitoral ter arrecadado algo entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões em doações na largada da campanha. No mesmo período da eleição de 2010, a campanha de José Serra havia arrecadado R$ 4,1 milhões, o equivalente a R$ 5,2 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

"Estamos fechando as contas, mas teremos mais do que R$ 10 milhões e menos do que R$ 12 milhões, certamente", afirmou Gregori. Os candidatos devem entregar até esta sexta à Justiça relatórios sobre a movimentação financeira de suas campanhas e as doações recebidas até agora. Os números do PSDB sugerem que a disputa com o PT por apoio no meio empresarial é mais equilibrada desta vez do que nas eleições de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) se elegeu. O comitê financeiro da campanha de Dilma à reeleição não quis antecipar os valores que serão declarados à Justiça Eleitoral, mas levantamento feito até quarta (30) indicava o recolhimento de R$ 9 milhões em doações. Procurados nesta quinta (31), integrantes da campanha de Dilma disseram que o valor arrecadado estaria em torno de R$ 10 milhões, mas que receitas de última hora ainda estavam entrando e esse número poderia mudar.
Em 2010, na mesma época, Dilma havia arrecadado R$ 11,6 milhões, o equivalente a R$ 14,7 milhões, em valores atualizados, quase duas vezes mais do que o PSDB.

Na avaliação da equipe de Aécio, os resultados mostram que o mineiro se consolidou aos olhos dos empresários como principal alternativa da oposição nas eleições deste ano, desbancando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que concorre pelo PSB e tem como vice a ex-senadora Marina Silva, a terceira colocada da eleição presidencial de 2010. A campanha de Campos vai informar à Justiça ter arrecadado pelo menos R$ 7 milhões. Em 2010, quando Marina concorreu pelo PV, seu comitê declarou ter arrecadado R$ 8,9 milhões no primeiro mês, em valores corrigidos. Embora Campos tenha arrecadado menos do que Aécio e Dilma, seus aliados consideram o desempenho melhor do que o esperado. O candidato do PSB está em terceiro lugar nas pesquisas. Segundo o levantamento mais recente do Datafolha, a presidente Dilma tem 36% das intenções de voto, Aécio está com 20% e Campos tem 8%.

APOSTAS
Insatisfeitos com a política econômica do governo Dilma, muitos empresários viam Campos com potencial no ano passado, mas passaram a apostar fichas em Aécio ao observar sua evolução nas pesquisas e a forma como ele uniu o PSDB em torno da sua candidatura presidencial.
Os valores apurados pela Folha nas principais campanhas representam uma fração inferior a 5% do que Dilma, Aécio e Campos fixaram como limite para seus gastos nesta eleição. Dilma prevê gastos de até R$ 298 milhões, Aécio projeta R$ 290 milhões e Campos, R$ 150 milhões.
Em eleições anteriores, a maior parte dos recursos arrecadados pelos candidatos entrou nos seus cofres na reta final da campanha. A legislação determina que eles apresentem ao longo da disputa duas prestações de contas parciais, além dos relatórios finais após as eleições.
Os dados apresentados à Justiça Eleitoral nesta sexta serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral na próxima semana. 

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