quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Governo de SP altera regras e facilita o pagamento de bônus a policiais




#COMENTÁRIO

Que me perdoem os senhores policiais, aos quais lhes devo todo meu respeito pelo trabalho que exercem, mas essa tomada de ação com respeito às gratificações (bônus) está muito errada. O governo do Estado jamais poderia ter tomando essa decisão de eliminar um indicador do plano de metas, afinal é sim obrigatoriedade de todo policial responder pela diminuição dos roubos em geral.

Se ele queria dar um incentivo em forma de bônus à corporação, deveria fazê-lo sem rodeios ou alterando planos já implantados e em andamento. Essa é uma medida que pode num futuro representar um problema administrativo, pois houve uma abertura de exceção às regras da instituição.



#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Foi correta a ação do governo do Estado nesse caso?

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REYNALDO TUROLLO JR. - DE SÃO PAULO
LÉO ARCOVERDE - DO "AGORA"
09/09/2014  

Após o número de roubos subir por 14 meses seguidos, tanto no Estado como na capital, o governo de São Paulo excluiu esse indicador do plano de metas da segurança, o que vai facilitar o pagamento de bônus a policiais.
Se não houvesse a exclusão, conforme diagnóstico da Secretaria da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), pouquíssimos ou nenhum policial receberia o estímulo, devido ao mau desempenho do Estado na tentativa de frear os assaltos. Para o secretário Fernando Grella, a mudança serve para "consolidar" e tornar "justo" o programa de metas. Isso porque, segundo ele, houve um aumento grande nos registros de roubos por causa da delegacia eletrônica. Desde dezembro, é possível registrar roubos pela internet, o que, conforme Grella, altera a série histórica, não permitindo comparar dados de 2014 com os de 2013 para a criação de metas. O secretário reconhece, porém, que mesmo sem os registros pela internet haveria alta de roubos neste ano, ainda que em percentual menor.
Além disso, pelo plano de metas original, a ideia era só frear a alta de roubos no Estado – ou seja, deixá-los no mesmo patamar de 2013. O bônus foi instituído em janeiro e previa pagar até R$ 2.000 por trimestre – ou R$ 8.000 por ano – para policiais militares e civis que batessem metas em três indicadores:
1) mortes violentas (homicídios e latrocínios);
 2) roubos em geral (exceto de bancos e de cargas); e
 3) roubos e furtos de veículos.
Agora, serão considerados apenas mortes violentas e roubos e furtos de veículos. A lei que instituiu o programa foi aprovada na Assembleia em junho. A alteração foi publicada no sábado (6) no "Diário Oficial" do Estado e vale para o ano todo. A mudança ocorre a um mês das eleições – Alckmin é candidato à reeleição. Em abril, Grella já havia dito que deveria rever os critérios do programa, para não "prejudicar o esforço do policial". Os bônus variam. Há metas locais – para delegacias e batalhões, por exemplo – e para o conjunto do Estado. O valor máximo só é pago se a unidade territorial do policial bater as metas e o Estado também. Na sexta (12), segundo Grella, serão pagos os bônus relativos ao primeiro trimestre. Os valores variam de R$ 250 a R$ 400. Nenhum policial atingiu o máximo. O secretário não informou quantos receberão. Pelas regras de janeiro, não haveria nenhum pagamento referente ao primeiro trimestre – nesse período, os roubos subiram 33,5% no Estado e 44,6% na capital. 

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