quinta-feira, 16 de outubro de 2014

EUA querem proibir cidadãos de países afetados por ebola


Mundo


Obama: o presidente prometeu nesta quarta uma resposta muito mais agressiva nos EUA à ameaça 



#COMENTÁRIO

São essas reações radicais de vínhamos falando à tempos atrás. Muitas vozes podem se tornar contrárias por atentarem ao direito de ir e vir das pessoas e por desrespeitar pessoas que talvez não estivessem dentro do círculo de riscos. Mas lamentavelmente, situações radicais só se revertem com atitudes radicais. Quer queiram ou não, a situação é séria e os países ainda não tomaram consciência do tamanho do problema, consequentemente, não tomaram providências de proteção de sua população.
É cruel a tomada de decisão de isolamento, porém ela é necessária e a prova disso são os pequenos vazamentos de pessoas que se envolveram direta ou indiretamente com a infecção e os problemas que criaram para a sociedade à sua volta. De casos isolados para evolução do quadro de infectados é um instante, e então as coisas podem sair do suposto controle das nações.

#Disse

Carlos Leonardo





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#CONVITE

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Larry Downing/Reuters
Washington

O presidente da Câmara de Representantes e outros legisladores dos Estados Unidos pediram nesta quarta-feira ao governo de Barack Obama que feche o território americano aos cidadãos dos três países africanos mais afetados pela epidemia de Ebola.
"Proibir temporariamente que estas pessoas entrem nos Estados Unidos é algo que o presidente deveria analisar, assim como outras medidas" que permitam afastar as "dúvidas crescentes" sobre a segurança dos sistemas de transporte do país, disse o representante republicano John Boehner.
"Pedimos que considere a suspensão temporária dos vistos para cidadãos de Libéria, Guiné e Serra Leoa até que esta epidemia seja controlada", escreveram o presidente da comissão de Segurança Interna, Michael McCaul, e os cinco presidentes de suas subcomissões, todos republicanos, em carta dirigida aos secretários de Estado e de Segurança Interna.
Os legisladores afirmam que a suspensão de parte dos 13.500 vistos em curso permitiria restabelecer a confiança dos cidadãos no sistema de saúde americano, debilitada após a contaminação de duas enfermeiras que trataram do liberiano Thomas Eric Duncan, em um hospital de Dallas.
Obama anulou as viagens que faria nesta quinta-feira, como ocorreu na véspera, para se dedicar à crise provocada pela contaminação das enfermeiras nos EUA.
"Os deslocamentos do presidente para Rhode Island e Nova York foram cancelados", anunciou a Casa Branca.
O presidente prometeu nesta quarta uma resposta "muito mais agressiva" nos Estados Unidos à ameaça do Ebola e insistiu em que o risco de uma epidemia séria da febre hemorrágica em solo americano é baixo.
Depois de uma reunião de crise com altos assessores na Casa Branca, Obama reforçou a importância de ajudar países africanos a conter a disseminação do vírus, referindo-se a essa ajuda como "um investimento em nossa própria saúde pública".
"Se nós não respondermos internacionalmente de forma eficaz, então poderemos ter problemas".
Participaram da reunião o vice-presidente Joe Biden, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Sylvia Burwell, e o secretário de Segurança Interna, Jen Johnson, entre outros membros do alto escalão.
"Essa não é uma situação em que, como no caso da gripe, os riscos de uma rápida disseminação da doença são iminentes", frisou Obama, acrescentando ter "apertado as mãos, abraçado e beijado" enfermeiras que trataram do paciente com Ebola no hospital da Universidade de Emory, em Atlanta.
"Eles seguiram os protocolos. Sabiam o que estavam fazendo, e eu me senti totalmente seguro fazendo isso", declarou.
"Estou absolutamente confiante em que nós podemos evitar uma epidemia séria da doença nos Estados Unidos. A chave para compreender essa doença é que estes protocolos funcionam", prosseguiu.
Até agora, a epidemia de Ebola matou 4.493 pessoas de um total de 8.997 casos registrados, sobretudo, na África Ocidental.
Desde o anúncio, no mês passado, de que os Estados Unidos enviariam pelo menos 3.000 militares ao oeste da África para ajudar a combater a epidemia, Obama tem criticado repetidas vezes a resposta internacional à crise sanitária, considerando-a insuficiente.


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