terça-feira, 11 de novembro de 2014

Investigação dos EUA sobre Petrobras preocupa Planalto


Política

  
A presidente Dilma, o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa (de capacete.), durante visita à plataforma P-56, em Angra dos Reis 


#COMENTÁRIO

É muito bom mesmo que exista medo. As coisas acontecem no Brasil de uma maneira que interessante, se levantam informações e de repente elas simplesmente, somem. A memória do povo é conhecida como se fossem aquelas disquetes flácidas de computadores antigos, duram muito, mais muito pouco mesmo. E disso se aproveitam todos, indistintamente, todos políticos. Todos os detentores de cargos decisórios também se aproveitam dessa deficiência do povo brasileiro.
Com base nisso, nosso País não detém história na memória de seus filhos. Contando com isso, agressores e transgressores de leis são simplesmente esquecidos após algum tempo retornando depois como se nada houvesse acontecido e o povo o exalta e eleva-o aos mais altos patamares decisórios da Nação.
É muito bom que tenham medo, sim... Se isso se tornar realidade e os nomes surgirem, não haverá siglas que os protegerão e o clamor popular mundial não deixará nada impune. A vergonha internacional? Ah, isso só não é visto pela cúpula administrativa do País. Ela já existe há muito tempo... Mas se ela não for valorizada pela mídia, de nada valerá. O povo simplesmente esquece.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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 Roberto Costa desembarca no hangar da PF em Brasília para depor na CPI da Petrobraso
 


VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA - 11/11/2014

As investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da SEC, principal agência reguladora do mercado de capitais americano, sobre irregularidades na Petrobras são as que mais preocupam o governo Dilma por causa do potencial de impactos econômico e financeiro negativos no funcionamento da estatal brasileira.
Segundo um assessor presidencial, as investigações de órgãos brasileiros, como Ministério Público e Polícia Federal, também preocupam, mas as americanas são mais complicadas porque podem interferir em negócios e investimentos da estatal com parceiros estrangeiros.
Além de multas e indenizações pesadas, com risco de pedido de prisão de executivos, a imagem da governança da Petrobras no exterior pode ficar "muito arranhada" a partir do que for apurado pelos órgãos dos EUA.
O processo de "depuração" na estatal, segundo o assessor, pode ser mais "profundo" do que o imaginado diante das investigações da SEC e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Na estatal, não está descartada uma nova troca de comando para sinalizar mudanças na empresa, o que pode levar a uma saída de sua atual presidente, Graça Foster.
Até o início da noite desta segunda-feira (10), porém, o governo brasileiro ainda não havia sido informado da investigação do Departamento de Justiça dos EUA.
Segundo a Folha apurou, a Petrobras, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça não foram notificados sobre a investigação criminal que teria sido aberta pelo órgão americano, revelada pelo jornal britânico "Financial Times".
Um auxiliar da presidente disse também à Folha que não necessariamente o governo brasileiro tem de ser notificado, mas isto deve ocorrer pelo menos com a Petrobras porque estaria envolvida diretamente no processo.
Ele disse que a orientação do Planalto é de colaborar com todas as investigações, sejam no Brasil ou no exterior, porque o objetivo do governo, diz, é punir todos que tenham praticados atos de corrupção feitos com a estatal.
As investigações sobre corrupção na Petrobras começaram neste ano, depois que a Polícia Federal prendeu, na Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff.
Os dois fizeram um acordo de delação premiada com a Justiça para reduzir suas penas no processo que apura o escândalo na estatal. Eles revelaram ao Ministério Público e à PF como funcionaria o esquema de desvio de recursos na Petrobras para partidos, como PT, PMDB e PP.
Na semana passada, o escândalo, a partir de pressões da PricewaterhouseCoopers, empresa de auditoria da Petrobras, já provocou a queda do presidente da Transpetro, Sergio Machado.

A consultoria, a partir de notificação da SEC, condicionou a aprovação das contas da estatal à saída de Machado, que teve seu nome citado como suspeito de participar de atos irregulares. Ele nega. 

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