terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Alckmin corta verba de escolas paulistas destinada a limpeza e obras


Sociedade
  



#COMENTÁRIO

Temos que levar em consideração que muitas ocorrências podem alterar uma programação em qualquer área. Isso não exime o Sr. Governador de seus deveres e suas promessas para com a sociedade. Por outro lado, administrar não significa gastar até o último centavo das verbas recebidas; não deveria haver uma pequena poupança pela entidade? Afinal ela recebe um valor razoável mensalmente a título de repasse do estado e o problema todo criado é por um repasse de um mês e quinze dias letivos que foram suprimidos. Não é a ideia de defesa do político governador do estado, mas é mais ou menos a mesma situação criada com a diretoria do Hospital das Clínicas, falta de gerenciamento efetivo e profissional da área.
O grande problema que existe no Brasil é a falta de profissionalismo nos candidatos a cargos administrativos em todas as áreas e entidades ligadas ao estado. E a culpa disso tudo não está nos candidatos e sim na estrutura, no sistema admissional a cargos gerenciais.
Lamentavelmente, outra vez quem “paga o pato” é a população. A qualidade de ensino por todas as maneiras e direções encontra-se em estado de lástima...

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Você acha que a falta de alguns repasses de verba do governo pode alterar o resultado do ensino no Brasil?

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FÁBIO TAKAHASHI - THAIS BILENKY - FLÁVIA FARIA - SÃO PAULO
JOÃO ALBERTO PEDRINI - RIBEIRÃO PRETO
02/12/2014

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) cortou neste fim de ano as verbas que as escolas estaduais paulistas usam para comprar materiais de escritório e de limpeza e para pequenas obras.
Os recursos para as aquisições mensais de insumos foram suspensos no início de novembro e estão previstos para voltar em janeiro. Funcionários dos colégios dizem que já há falta de materiais, como papel higiênico. O ano letivo na rede acaba na metade deste mês. Outro programa bloqueado é o Trato na Escola, que prevê pagamento anual de R$ 7.900 para cada um dos 5.300 colégios fazerem pequenas reformas e pintura.
A verba seria utilizada para preparar as unidades para o início do ano letivo de 2015. A suspensão das ações foi feita e comunicada às diretorias de ensino por meio de ofícios enviados no início de novembro. Diretores de colégios afirmaram à Folha que foram surpreendidos pela medida e não conseguiram se precaver contra o bloqueio. Para eles, o governo quer economizar. A Secretaria da Educação de SP, por sua vez, afirmou que as medidas foram tomadas para readequações burocráticas e negou que haja interesse em reduzir gastos. A gestão disse que possui estoque de materiais e que as escolas foram orientadas a fazer compras antecipadas para evitar falta de insumos – o que diretores negam. A Folha entrevistou funcionários e estudantes de colégios na capital (zona norte e centro) e do interior (regiões de Ribeirão Preto, Limeira e Sorocaba), que relataram que tem havido falta de papel higiênico e de sulfite.
Na Brasilândia (zona norte da capital), por exemplo, um funcionário afirmou que os servidores levam papel higiênico e sulfite de casa. Em Ribeirão Preto, um diretor disse que teve de cancelar atividade de reforço a alunos com dificuldade devido à falta de material. Eles não quiseram ser identificados por temerem represálias.

ECONOMIA
Segundo a Udemo (sindicato que representa os diretores de escolas), os colégios recebem em média, R$ 1.500,00 ao mês para compra de suprimentos. O valor varia segundo o tamanho da unidade.
Considerando as verbas destinadas a essas compras e para pequenas obras, o governo pode ter deixado de gastar até R$ 58 milhões. O montante representa 7% do orçamento deste ano para reforma de imóveis e compra de materiais de consumo na área da educação do Estado. Nos ofícios encaminhados aos dirigentes escolares, o governo diz que poderá atender situações emergenciais, sem especificar o montante.
Segundo diretores de escolas, a informação da secretaria é que estará disponível até 10% do valor original para a compra de materiais. Os documentos citam ainda como explicação para os cortes a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, que impede que o governo contraia dívidas que não sejam pagas em seu mandato.

LEGISLAÇÃO
O presidente do sindicato dos diretores, Francisco Poli, diz que em nenhuma outra troca de governo houve a suspensão dos programas. "Parece ser medida de economia mesmo, tendo em vista a arrecadação do governo como está." Segundo dados da Secretaria da Fazenda, a receita tributária do Estado caiu 2,5% de janeiro a outubro de 2014 em relação ao período de 2013, em valores corrigidos.
Poli afirmou também que o programa de compra de materiais não permite que as escolas estoquem os insumos, o que tornou mais grave o bloqueio dos recursos.



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